O Labirinto do Panagiotis

A obra “O Labirinto do Panagiotis” se apresenta como uma profunda imersão em um intricado labirinto narrativo e simbólico, composto por uma série de capítulos que transitam entre pesquisa histórica, recriação literária e reflexão filosófica. Na introdução, é criada uma atmosfera mítica, que estabelece uma conexão palpável entre a trajetória do navio Panagiotis e os mitos da Grécia antiga, destacando especialmente o labirinto como um símbolo da complexidade da experiência humana. A partir desse ponto, outros capítulos aprofundam essa ideia, revelando diferentes camadas de interpretação: desde a tradição marítima grega até o mundo do crime organizado italiano, explorando a construção, a carreira e o naufrágio do navio,  até suas ressonâncias simbólicas. O naufrágio do Panagiotis é, portanto, apresentado não como um mero evento isolado, mas como um ponto de confluência de diversas narrativas sobre os mitos, navegações e portos da Grécia, as tragédias humanas decorrentes da Segunda Guerra Mundial, a atuação da Camorra  no pós guerra e de outros grupos mafiosos da Itália.